Leve pra vida

​Cidade em movimento

Me flagrei contemplando a vida , de um degrau ali da escada no qual de lá avistava a rua perto da Praça.

Parou um ônibus no ponto, soltaram duas crianças correndo , vi ali naquele instante a alegria de um ser sereno.

Dentro do ônibus tinha uma idosa sentada fazendo crochê , quem sabe era isso a única coisa que a motivada enquanto esperava seu neto nascer.

Olhei para o assento esquerdo havia um jovenzinho distraído contemplando uma moça de vestido curto que o encarava com olhar imprescindível.

Vi logo mais na frente um casal todo apaixonado uma jovem de cabelo longo com três livros de cada lado.

Observei quando o trabalhador parou entrou no barzinho ao lado e o atendente disse  – Sim senhor!

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De longe avistei as duas crianças juntos que pareciam melhores amigos, mudaram e cresceram bastante mas guardaram a amizade com abrigo.

A idosa já tinha terminado e quem sabe deixado de herança o crochê, já que não habita mais aqui, porém dela não consegui esquecer.

Até o casal do ônibus passou com um filho pequeno já não eram tão jovens assim mas o amor adentrou o terreno.

A garota tinha se formado e conseguido um novo emprego, percebi quando saiu do carro seu anel entre os dedos.

O trabalhador estava aposentado por ter trabalhado tanto passou de bengala e um tanto curvado, mas entrou no primeiro Banco.

O ônibus parou novamente mas nem ele era o mesmo, tinha sido reformado por fora e modificado os personagens de dentro.

Assim é nossa vida , passa mais rápido que o vento lá fora quando menos se dá conta o limite de viver se esgota.

O cenário muda mas a vida segue, não se permita ficar parado pensando como seriam as coisas se você o fizesse.

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